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O que vivemos é um tesouro que nunca se apaga da memória, mas é o que não construímos que nos entristece e mata.


Um bocado de absolutamente nada


Lágrimas de ódio percorrem a minha face. A raiva forma rugas, dá origem a desespero e a cansaço. Já é visível o meu estado de transformação. Já é impossível de ser camuflado. A minha paciência atingiu o seu auge, esgotou-se. Há tanta coisa que originou tudo isto. Tanta desconfiança, tanto desamor, tanta mágoa, tanto falso sentimento para puro alegramento de outrem. Não , isso não pode ser assim, não está certo. Isso foge do que sinto ser correcto.
Tudo em mim se transformou. Já não me corre sangue nas veias, o meu coração parou de bater, não sinto, não respiro, não vivo. Sobrevivo a uma realidade indesejada mas afastada. A dor, aliada a uma fusão triste de uma mistura de sentimentos, forma as lágrimas que me colocam num plano mais sensível, numa plataforma mais frágil e decisiva.
Pois é, tenho uma má novidade a dar: Os sonhos não existem, lamento, mas são os pesadelos que constroem o quotidiano de todos nós.

Entregaste-me as armas e não me ensinaste a maneja-las, a senti-las, a toca-las. Sofro com isso pois fizeste com que eu aprendesse a lidar com a vida à minha maneira e a desembaraçar-me dos problemas sozinho. Não considero esse acto um erro, porque na realidade não o é, é antes uma batalha que me fizeste vencer!

O mundo é um espaço negro que desaprovo.

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