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O que vivemos é um tesouro que nunca se apaga da memória, mas é o que não construímos que nos entristece e mata.


Caí na ultima barreira


Eu perdi o sonho que ainda julguei ter. Tiraram-me o chão debaixo dos pés e deixaram-me cair. Fiquei sem o sol e a lua que me iluminavam. A força desmedida que sempre tive havia desaparecido sem dar justificação. Desisti de uma batalha, mas não deixei que me vencessem. Ficamos-nos pelo meio para não mais sofrermos. Choro e imploro pela segurança que perdi. Já sofri mais do que queria. Sonhei alto demais e agora que caí na realidade não consigo perceber como fui capaz.
Já viste? Já tiveste tempo e oportunidade para reparar como tudo acabou? E porquê? Penso que seja para não te magoar mais, talvez porque tu não o mereças, talvez porque já sofremos os dois demais. Porque não fomos fortes o suficiente para ultrapassar as barreiras.
Deitaste toda a confiança que sempre depositei em ti por terra. Não quiseste acreditar nas palavras que sempre te disse e preferiste seguir outros caminhos, mas eu tinha-te avisado que nesses caminhos eu não seguiria contigo. Tomaste a tua decisão e o laço que havia há nossa volta rompeu-se de tão desgastado que estava.
Penso agora se merecias todas as lágrimas que por ti derramei, se merecias todo o esforço que por ti e por nós fiz. Nesta ultima barreira eu empenhei-me ao máximo para a saltar-mos juntos e tu pregaste-me uma rasteira, fizeste-me cair e saltaste-a sozinha. Se era isso que querias, então parabéns porque o conseguiste. Agora não venhas chorar, não me venhas implorar, porque quem me fez cair foste tu.

Fiquei para trás .

2 comentários:

  1. erguer-se é em conjunto, e a luz está sempre perto de ti, mesmo que nem sempre a vejas, ela está lá a brilhar e a implorar por ti.

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