.

O que vivemos é um tesouro que nunca se apaga da memória, mas é o que não construímos que nos entristece e mata.


A cidade que não dorme


A agitação reinava naquela rua. Pessoas apressadas e com destinos em mente percorrem os seus trilhos sem mais nada verem à frente. Ignoram com toda a força tudo o que as envolve, o que desencadeia embates entre corpos. Os objectos levados em mão são derramados pelo chão imundo.

Era meia-noite e as ramblas estavam carregadas de pessoas como se de uma hora de ponta se tratasse. E eu era só mais uma pessoa no meio daquela nervosa multidão. Não tinha um destino traçado nem um caminho marcado, fui apenas à descoberta da aventura.

Os homens estátuas situadas no litoral da longa avenida faziam com que as atarantadas pessoas pusessem um travão àqueles apressados sapatos e deslumbrassem do fantástico e inquietante espectáculo.

Esta é uma cidade que não dorme, vive e é vivida 24 sobre 24 horas.


Barcelona, Agosto de 2009

1 comentário: