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O que vivemos é um tesouro que nunca se apaga da memória, mas é o que não construímos que nos entristece e mata.


Porque te Amo


Porque te amo vou ter saudades, porque te amo vou sentir falta, porque te amo vai-me custar tanto deixar-te durante este período de tempo em que me vou ausentar, mas, infelizmente, tem de ser.

É este sorriso que quero ver quando regressar (...) porque eu vou, mas voltarei!

Até já

Não quero considerar isto uma despedida, mas sim um até um dia destes.

Vou partir, e já tenho o destino decidido. Tenho as malas prontas, mas (...) deixo cá tanta coisa, tantos amigos, tanta gente que me quer bem. Mas é ela quem mais me vai fazer falta, quem mais me vai custar deixar. O medo aperta-me o coração, baralha-me a cabeça, assusta-me as ideias. O que fazer? Não sei, mas é essa a resposta que tanto procuro. Eu confio, mas tenho receio, e esse, ninguém mo vai conseguir tirar.
Eu vou partir, vou para longe, mas só vai o meu corpo, porque o meu coração fica-lhe entregue, como sempre tem ficado.
Eu Amo-te Princesa! (L)

Até já *

Uma vida que não vou deixar de Viver



Peguei no lápis e deixei que as palavras escorressem para o papel. Era a única maneira que tinha de me acalmar, de fazer a minha dor soltar-se de mim e esquecer o tão mau momento porque estava a passar. Deixei a minha imaginação voar e levei-a o mais longe que consegui. Decidi que não ia permitir que a minha vida parasse, sou muito novo e tenho ainda muito para viver. Tenho erros para cometer e assumir, verdades para fazer emergir, medos para enfrentar, aventuras em que quero participar. O mundo não pára de girar e eu não posso parar também. Tenho de acompanhar o seu movimento, voar á sua maré e caminhar á sua mercê. Não vou deixar que aquela tão grande perda me faça morrer, antes pelo contrário, tenho de fazer com que ela me ajude a ser mais forte, a segurar nas rédeas do meu cavalo e aprender a guiar a minha vida.

Não me vou deixar ir a baixo, eu sou forte e sei que vou conseguir saltar este pequeno obstáculo que se gerou na minha vida !

Alma Infantil


Deixem-me ser criança de novo.


Quero poder voltar a sorrir como dantes fazia, quero poder gritar quando me apetece, quero poder dar aquelas altas gargalhadas de pura felicidade. Não me tirem o meu mundo, aquele que posso colorir com os meus próprios lápis de cor. Traçava o meu destino inconscientemente, mas era feliz assim. Não tinha noção dos problemas que teria de enfrentar quando crescesse e podia sobrevoar, livremente, por entre histórias de encantar e contos de fadas. Aquelas que me faziam delirar, puxar pela imaginação e levar-me ao mundo da fantasia em que sempre desejei viver. Agora estou preso, por forte correntes, á realidade do mundo actual. Uma realidade que não quero, que nunca desejei, uma realidade que dispenso por completo. Deixem-me ser livre e voltar àquele meu mundo, àquele meu paraíso onde apenas a alegria e fantasia reinam.

Queria tanto (…)

Não desistas



Grita, liberta o sofrimento. Deixa-te levar pelas emoções. Chora para ganhar forças e luta! Não te deixes derrubar pela força contrária ao sentimento. Mostra a tua garra, o teu saber e com a tua determinação tenta alcançar o infinito. Lembra-te de que nada é impossível, basta quereres.


União de Forças




Sentia-me morto. A alma tinha abandonado o meu ser e para qualquer sítio para onde olhasse nada via, apenas dor, sofrimento, mágoa, tristeza e loucura. Nada havia a fazer, pensava eu (…) Até que apareceste tu, com toda essa alegria dentro de ti, com toda essa loucura e com esse sorriso que dá vida ao ser mais inanimado que possa existir. Lutaste por mim, cometeste loucuras sem saber se obterias resposta, mas mesmo assim investiste no sonho e nunca pensaste em desistir. Entregaste as tuas armas e rendeste-te ao destino. Viesse o que viesse, nada te derrubaria, pois tu és forte e sei que conseguirás manter-te de pé. Deste-me a mão, e através disso, transferiste para mim um pouco de toda a vida que há em ti. Com isso, eu ganhei cor, voltei a sentir e, de novo, consegui voltar a sorrir. Posso agora pronunciar com toda a certeza a palavra da razão, a palavra da verdade, a palavra que expressa o meu sentimento: AMO-TE!

Daqui a muitos anos, mitos irão surgir sobre um casal de namorados que, de uma forma estranha e inconcreta, desapareceu do mapa. Todos sabem que partiram juntos, mas de mais nada têm informação. Podem ter ido para qualquer lugar, mas rasto não deixaram.

Estejam onde estiverem, eles não querem ser encontrados.


Juntos, descansam até o final *


Um Novo Viver



Um sentimento há muito extinto voltou a reaparecer. O acelerado bater do coração, o acentuado nervosismo (...) tudo indica que a paixão voltou a habitar em mim.
Amo-te no verdadeiro sentido da palavra, amo-te com sentimento, amo-te com prazer !

Juntos, somos mais fortes*

Chamamento da Morte



Uma vida passada, um ser estragado, completamente deteorado pelo tempo. Notam-se as marcas do trabalho no seu corpo, os rasgões feitos pelos violentos chicotes ainda hoje não sararam.

Eram tempos terríveis (…) o pânico habitava dentro de cada ser existente, o ar cheirava a medo.

As lágrimas de sangue escorriam pela face do escravo. Estava exausto, não aguentava mais. Ele dirigia-me o seu olhar, um olhar de súplica, de apelo, de dor, mágoa, sofrimento e desespero. Aquilo a que chamavam castigo, não passava de uma violenta e insensível tortura. E eu, ali, imóvel e paralisado, nada podia fazer. Esticava-lhe ao máximo o meu braço numa tentativa de salvamento, mas não era o suficiente. Tinha de dar mais e mais de mim… Mas o inevitável acabou por acontecer, o pobre homem, exausto e sem forças, entregou-se aos anjos e deixou-se levar para o próximo mundo. Tanta dor, tanta mágoa tinham acabado com ele. Aquilo era demais para qualquer ser humano, era o arruinar da vida, era o chamamento da morte.


Memórias


- Ocupei o meu pensamento com tanta coisa só para não ter de me lembrar do que passei contigo.

O Teatro da Vida



Todas as noites aquele teatro se enchia de vida, cor e alegria. Eu em cima do palco, dançava, cantava, actuava (…) dava o meu melhor para agradar o fiel público. Eram tantos, tantos, tantos os olhos que me focavam, cada passo, cada movimento e tentavam ainda, capturar cada palavra pronunciada. Nada lhes escapava, notavam todos os erros e todos os passos dados em falso. Eram minuciosos e extremamente críticos. Tudo isto fazia aumentar o meu nervosismo e a minha ansiedade. Mais uma vez, a minha falta de auto-confiança emergia e se fazia sentir. Mas chegou a hora! Está na altura de eu me revelar: de mostrar quem eu realmente sou. Num grande salto, entro em cena, onde o palco é a minha casa e o público a minha família. É aqui que revelo a minha raça, o meu real ser e a minha verdadeira pessoa. É isto a minha vida: a adrenalina da perfeição, o esforço da luta e o sorriso da vitória.

No fim de tudo, despeço-me com uma respeitosa vénia. Os aplausos surgem e não parecem querer acabar mais. E assim recebo a minha recompensa, onde sinto que todo o esforço valeu a pena. As cortinas começam a fechar-se e eu recolho-me para o interior do meu camarim.


Mais uma etapa concluída.